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Este é o nosso espaço para reflexão, comunhão e relação com Deus e sobre Deus.
"A Teologia deve aproximar os homens de Deus , se a sua teologia te distanciar reveja seus fundamentos"

segunda-feira, 1 de março de 2010

“Fundamentos Bibliológicos 
para uma Prática Docente Inovadora”



Introdução
Não há como ser Professor da Escola Bíblica Dominical e não conhecer o seu livro texto, a Bíblia sagrada, mas o que é a Bíblia?

A Bíblia é um livro singular. Trata-se de um dos livros mais antigos do mundo e, no entanto, ainda é o best-seller mundial por excelência. É produto do mundo oriental antigo; moldou, porém, o mundo ocidental moderno.

Tiranos houve que já queimaram a Bíblia, e os crentes a reverenciam. É o livro mais traduzido, mais citado, mais publicado e que mais influência tem exercido em toda a história da humanidade.

Afinal, que é que constitui esse caráter inusitado da Bíblia? Como foi que ela se originou? Quando e como assumiu sua forma atual? Que significa "inspiração" da Bíblia? São essas as perguntas para as quais se voltará o nosso interesse nesta palestra.

Os nomes da Bíblia.
A Bíblia é comparada ou associada aos termos abaixo descritos.

Ø  “Lei, Profetas e Salmos” (Lc 24.44; 22.40);
Ø  Escritura (2Tm 3.16; 2Pe 3.16);
Ø  Sagradas Letras (2Tm 3.15);
Ø  Palavra de Deus (Mt 4.4);
Ø  Sã Doutrina (Tt 1.9; 2.1);
Ø  Tradições (2Ts 2.15);
Ø  Palavra fiel (Tt 1.9);
Ø  Verdade (Ef 4.15);

As línguas originais.
 As línguas maternas são:
Hebraico – o Hebraico Antigo (arcaico) foi a língua da maior parte do Antigo Testamento.
Grego – o Grego Koinê (comum) foi a língua de todo o Novo Testamento.
Aramaico – algumas partes do Antigo Testamento e Novo foram escritos em Aramaico. Ed 4.8; 6.18; 7.12-26; Dn 2.4; 7.28; Jr 10.11; Mt 27,46; Mc 5.40-42.

Os materiais
A Bíblia foi escrita em diversos tipos de materiais tais como:
Ø  Folhas para escrever usavam-se o couro de animais: PERGAMINHO; folhas de plantas: PAPIRO; talhas: de PEDRA; blocos: de MADEIRA etc.
Ø  Para escrita usava-se CANA COM PONTA e PENA etc.
Ø  Com tinta: FULÍGEM e outras substâncias extraídas das plantas etc.
Obs. a Bíblia era enrolada, costurada e escrita a mão (por isso era chamada de manuscrito), só a partir do século XV d.C. após a invenção da imprensa (prensa de propulsão humana), é que a Bíblia passou a ser impressa.


Autorias.
É importante saber que Deus é o autor da Bíblia, mas ele fez isso a várias mãos. De modo, que os instrumentos humanos inspirados por Deus são diversos. A tradição judaica e cristã fala de cerca de 40 homens.

Períodos.
O processo de formação da Escritura durou, em média, 1600 anos.
Antigo Testamento: conforme à tradição judaica, o nosso Antigo Testamento foi escrito entre: 1500 a.C. e 536 a.C. O primeiro autor foi Moisés e o último foi Esdras. Alguns estudiosos afirmam que foi Esdras quem organizou os textos do Antigo Testamento o que facilitou a primeira tradução da Bíblia, a LXX[1] .

Novo Testamento: conforme à tradição cristã o nosso Novo Testamento foi escrito entre: 45 d.C.  e  90 d.C. O primeiro autor foi Paulo (há controvérsias) e o último foi João. Foram os Pais (líderes da igreja antiga) que promoveram a organização dos livros do Novo Testamento como veremos a seguir.

Destinatários.
O Antigo Testamento ou TNK[2] para os judeus é um livro direcionado aos filhos de Jacó (Israel). O Novo Testamento não é só um Livro para as igrejas, mas universal (Mc 16.15). Em síntese os endereçados são:

Ø  Israel (a maior parte do Antigo Testamento).
Ø  Igreja (a maior parte do Antigo Testamento).
Ø  Pessoas (por exemplo: a Teófilo, Timóteo, Filemom etc.).
Ø  Nações (por exemplo: profecias a Nínive, Babilônia, Edom etc.).

A formação do cânon bíblico
A palavra cânon deriva do grego kanon “cana, régua”, que por sua vez, deriva do hebraico KaNeH que significa “vara ou cana de medir” (Ez 40.3). Além de uma medida, passou a significar: um padrão ou norma. Tal como o apóstolo Paulo usa o termo (κανων), no sentido de ―regra ou ―norma, como se pode ler em Gálatas 6.16:

• ARA: ―E, a todos quantos andarem de conformidade com esta regra, paz e misericórdia sejam sobre eles e sobre o Israel de Deus.
• ARC: ―E, a todos quantos andarem conforme esta regra, paz e misericórdia sobre eles e sobre o Israel de Deus.
• NTLH: ―E, para todos que seguem essa regra na sua vida, que a paz e a misericórdia estejam com eles e com todo o povo de Deus.
Portanto, para a Igreja tinha um sentido figurado referindo-se a regra de conduta (Fp 3.16). Só depois passou a significar a coleção de escritos inspirados por Deus.
           
A canonização. É o processo de escolha dos livros considerados inspirados por Deus. Um dos grandes problemas enfrentados pelos pais da Igreja do II século d.C. foi decidir o que determinaria a canonização da Bíblia. Quais critérios deveriam ser levados em conta. Inicialmente eles chegaram a alguns conceitos deficientes que são:

Ø  Seria a Idade do livro que determinaria sua canonicidade.
Ø  Seria a Língua hebraica o critério de canonização.
Ø  Seria a concordância do texto com a Torá.
Ø  Ou o valor religioso.

Só depois concluíram que o critério para a canonização era a Inspiração Divina dos textos. Pois os livros não eram sagrados por haverem descobertos neles algum valor; eram valiosos porque provieram de Deus – fonte de todo bem. Por isso, precisamos saber o que vem a ser inspiração.

Inspiração das Escrituras.
De forma breve, inspiração é um mistério. Em suma, é o ato de Deus ter “soprado” (teopnenmatos) sobre os escritores bíblicos sua revelação. Embora a individualidade do escritor fosse mantida (sua personalidade, estilo, forma etc.), foram ao mesmo tempo movidos e guiados pelo Espírito Santo para escreverem os oráculos (verdades) de Deus. De modo que o que eles escreveram era de fato Palavra de Deus. Muito embora a Escritura sendo um produto Divino-humano o seu verdadeiro autor é Deus. (2Tm 3.16; 2Pe 3. 15).                      
Argumentação em favor da inspiração: 
Ø  O testemunho de Jesus
Ø  O testemunho dos apóstolos
Ø  Sua unidade 
Ø  Sua inesgotabilidade  
Ø  Sua perpetuidade 
Ø  Sua exatidão 
Ø  Seu maravilhoso efeito
Ø  Sua relação com o próprio Deus

O Cânon do Antigo Testamento.
Não se sabe ao certo quando os textos do Antigo Testamento foram compilados (reunidos). Sabemos, todavia, que isso ocorreu antes de Cristo. Há duas correntes: Alguns rabinos[3] atribuem ao Rabino Esdras tal feito, isso ocorreu por volta do IV séculos a.C. Outros estudiosos conferem o feito aos escribas que fizeram a primeira tradução do Antigo Testamento para o grego, por volta do II século a.C. No entanto, o fato é: as Escrituras veterotestamentária já eram conhecidas, compiladas e usadas nos tempos de Cristo e dos Apóstolos. Pois:

Ø  Jesus endossou o Antigo Testamento como Escritura Divina (Jo 17.17; 10.35)
Ø  Jesus leu um de seus livros - Isaías (Lc 4.17)
Ø  Jesus citou suas divisões (Lc 24.27)
Ø  Os apóstolos também citaram o Antigo Testamento  e endossaram como Escritura inspirada por Deus (2Tm 3.16).

Obs. Os apócrifos eram lidos e respeitados pela antiga comunidade judaica. Porém Jesus não citou nenhum deles como literatura inspirada por Deus. Alguns apóstolos e discípulos de Jesus citaram, por exemplo, (Jd 14). Paulo citou poetas gregos em sua pregação em Atenas (At 17).

A Canonização do Antigo Testamento.
Alguns estudiosos afirmam que a verdadeira canonização do Antigo Testamento não ocorreu antes de Cristo, muito embora, a Escritura já tivesse sido compilada nos dias anteriores ao Messias, Segundo eles, a canonização de fato ocorreu depois de sua morte e ressurreição no Concílio de Jamnia, por volta do ano 90. Os critérios foram:

Ø  Autoridade Divina - “assim disse o Senhor”.
Ø  Historicidade - a cronologia dos fatos.
Ø  Autoria profética - Moisés, Davi, Salomão, Esdras etc..
Ø  Período - só os Escritos até Esdras nos IV século a.C (Jamnia 90 d.C.).
Ø  Língua - só os Escritos em hebraico arcaico (antigo).
Ø  Aceitação - conhecidos pela comunidade judaica.
Ø  Confiabilidade - verdadeiro naquilo que se referia a Deus e a sua criação.


Cânon do Novo Testamento.
As expressões Antigo Testamento e Novo Testamento (aliança, pacto, acordo), Já existiam desde o II século d.C. Para os Judeus não existe “antigo pacto”, pois eles ainda aguardam o mediador do “novo pacto”, conforme profetizou (Jr 31.31). No entanto, para a Igreja, Jesus é o mediado do Novo Pacto, que já está estabelecido para sempre no seu sangue (Hb 8.6-13).

A CANONIZAÇÃO DO NOVO TESTAMENTO.
Os livros que compõe o Novo Testamento foram compilados pelos Bispos da Igreja no Concílio de Cartago, em 397 d.C. Foi reafirmada nos demais. Os critérios adotados pelos Bispos foram:

Ø  Apostolicidade - deveriam ter sido escritos por um apóstolo.
Ø  Endossamento apostólico - assinado por algum apóstolo.
Ø  Cristocêntrico - alinhado com a doutrina apostólica.
Ø  Progressão - o Novo Testamento é uma continuação do Velho Testamento.
Ø  Confiabilidade - verdadeiros nos seus ensinos sobre Deus, sua criação etc..
Ø  Dinâmico - deveria possui poder para transformar vidas.
Ø  Período - escritos até I século d.C..
Ø  Aceitação - pela comunidade cristã.

A estrutura da Bíblia
A palavra Bíblia (Livro) entrou para as línguas modernas por intermédio do francês, passando primeiro pelo latim Bíblia, com origem no grego biblos (biblos.).
Originariamente era o nome que se dava à casca de um papiro do século qual  a.C. Por volta do século II d.C, os cristãos usavam a palavra para designar seus escritos sagrados. Dependendo da tradição cristã (protestante ou católica) ela apresenta diferença. A Protestante tem 66 livros e a Bíblia Católica 73 livros.

Obs.: Os capítulos (1.189) foram colocados por Stefhen Langton, catedrático francês e Bispo da Cantuária, em 1227 d.C. Os versículos (31.104) foram colocados pelo Impressor parisiense Robert Stephanus em 1551 d.C. O trabalho facilitou tanto a leitura quanto os estudos das Escrituras.

A Bíblia compõe-se de duas partes principais: o Antigo Testamento, com 39 livros (na Católica 46 livros, sete a mais. São eles: Judite, Tobias, 1 e 2 Macabeus, Eclesiástico, Sabedoria e Baruc) e o Novo Testamento, tanto na Católica como na Protestante, com 27 livros. O Antigo Testamento foi escrito pela comunidade judaica, e por ela preservado um milênio ou mais antes da era de Jesus. O Novo Testamento foi composto pelos discípulos de Cristo ao longo do século I d.C.

A palavra testamento, que seria mais bem traduzida por "aliança", é tradução de palavras hebraicas e gregas que significam "pacto" ou "acordo" celebrado entre duas partes ("aliança"). Portanto, no caso da Bíblia, temos o contrato antigo, celebrado entre Deus e seu povo, os judeus, e o pacto novo, celebrado entre Deus e os cristãos.

Estudiosos cristãos frisaram a unidade existente entre esses dois testamentos da Bíblia sob o aspecto da Pessoa de Jesus Cristo, que declarou ser o tema unificador da Bíblia.

Agostinho dizia que o Novo Testamento acha-se velado no Antigo Testamento, e o Antigo, revelado no Novo. Outros autores disseram o mesmo em outras palavras: "O Novo Testamento está no Antigo Testamento ocultado, e o Antigo, no Novo revelado". Assim, Cristo se esconde no Antigo Testamento e é desvendado no Novo. Os crentes anteriores a Cristo olhavam adiante com grande expectativa, ao passo que os crentes de nossos dias  veem em Cristo a concretização dos planos de Deus.

As seções da Bíblia protestante.

A Bíblia divide-se comumente em oito seções, quatro do Antigo Testamento e quatro do Novo.
LIVROS DO ANTIGO TESTAMENTO

A lei (Pentateuco) – 5 livros
Poéticos – 5 livros
1. Gênesis
2. Êxodo
3. Levítico
4. Números
5. Deuteronômio
1. Jó
2. Salmos
3. Provérbios
4. Eclesiastes
5. O Cântico dos Cânticos
Históricos– 12 livros
Proféticos– 17 livros
1. Josué
2. Juízes
3. Rute
4. 1Samuel
5. 2Samuel
6. 1Reis
7. 2Reis
8. 1Crônicas
9. 2Crônicas
10. Esdras
11. Neemias
12. Ester
A. Maiores
1. Isaías
2. Jeremias
3. Lamentações      
4. Ezequiel
5. Daniel
B. Menores
1. Oséias
2. Joel
3. Amós
4. Obadias
5. Jonas
6. Miquéias
7. Naum
8. Habacuque
9. Sofonias
10. Ageu
11. Zacarias
12. Malaquias

LIVROS DO NOVO TESTAMENTO

Biográficos (Evangelhos)
História
1. Mateus
2. Marcos
3. Lucas
4. João
1. Atos dos Apóstolos

Epístolas ou Didáticos

1. Romanos
2. 1Coríntios
3. 2Coríntios
4. Gálatas
5. Efésios
6. Filipenses
7. Colossenses
8. 1Tessalonicenses
9. 2Tessalonicenses
10. 1Timóteo
11. 2Timóteo
12. Tito
13. Filemom
14. Hebreus
15. Tiago
16. 1Pedro
17. 2Pedro
18. 1João
19. 2João
20. 3João
21. Judas

Profético ou revelação
1. Apocalipse

As Traduções Bíblicas.
Entraremos agora num terreno difícil, pelo menos para mim. Apresentaremos a seguir as tradições principais e a mais conhecida dos cristãos brasileiros.
Inicialmente ressalto que os rabinos afirmam categoricamente que traduzir a Bíblia é tarefa de muita responsabilidade e complexidade. Leia o que afirma o “Rebe de Lubavitch” sobre a Bíblia: “A Torá ou Bíblia tem sua própria terminologia complexa  e um único conjunto de regras e linhas mestras pelas quais se pode interpretá-la. Uma tradução direta pode facilmente levar a uma distorção, mau entendimento, e até a negação da unidade de Deus”.

AUTÓGRAFOS
São os textos originais e inspirados. Esses não existem mais, somente cópias. Alguns textos originais do primeiro século foram encontrados por volta de 1947, em Qunram. (como é o caso de Isaías – escrito em Hebraico), mas os manuscritos, não foram considerados inspirados pela Igreja.

CÓPIAS.
 Os mais antigos manuscritos datam do II século antes de Cristo. Os mais usados são: o Códice[4] Sinaítico (IV d.C.) e Alexandrino (V d.C.). Tais cópias foram preservadas pela Igreja e garantem a fidelidade das Escrituras. Deus prometeu que a sua palavra jamais seria destruída (Is 40.8; Mt 5.18; Mt 24.35).

A SEPTUAGINTA OU VERSÃO DOS LXX- BÍBLIA GREGA.
No século III a. C. uma importante colônia judaica vivia no Egito, especificamente em Alexandria, onde se  falava comumente a língua  grega. Havia uma necessidade premente de que o povo judeu possuísse a Bíblia em grego, além da importância que representava para a biblioteca de Alexandria que ainda não possuía a Bíblia nessa língua.
No reinado do rei egípcio, Ptolomeu Filadelfo II (285-247 a. C.), a pedido de Demétrio Falário, o bibliotecário do rei,  o Sumo Sacerdote Eleazar, conforme a carta apócrifa de Aristéias,  enviou de Jerusalém setenta e dois sábios, seis representantes para cada uma das doze tribos de Israel, a fim de realizarem a tradução da Bíblia hebraica para o grego. Aristéias  foi um estudioso judeu que morava em Alexandria na segunda metade do século II antes de Cristo e quis  passar por gentio e valido na corte de Ptolomeu Filadelfo. Conta ainda Aristéias que a tradução foi completada em 72 dias.
A tradução para o grego recebeu o nome de Septuaginta e passou a fazer parte da biblioteca do rei Ptolomeu Filadelfo em Alexandria.
O Talmude comenta que  “o dia da tradução foi tão doloroso quanto o dia em que o bezerro de Ouro foi construído,  pois a Torá não poderia ser acuradamente traduzida”. Alguns rabinos disseram que “as trevas cobriram a  terra por três dias” quando a LXX ( Setenta ou Septuaginta) foi escrita.
Segundo a versão talmúdica da história, enquanto traduzia, cada sábio era confinado em celas separadas, na ilha de Faros, e cada um completou a tradução inteira em 72 dias,  produzindo assim traduções totalmente independentes. No entanto, seus corações estavam plenos de sabedoria divina, e eles criaram versões idênticas. Todos fizeram as mesmas mudanças em suas traduções, para que o rei  não alimentasse qualquer dúvida que talvez existisse se as traduções do hebraico fossem literais.
A designação de “versão da LXX” referia-se, no início, somente à tradução do Pentateuco. Os demais livros foram traduzidos mais tarde, até meados ou, no máximo,  final do século II a. C.!

A VULGATA DE SÃO JERÔNIMO.
 A Vulgata é a tradução da Bíblia, do grego para o latim, que foi realizada por São Jerônimo a pedido do Papa Dâmaso, no século IV d.C.
A Septuaginta só contém os livros da Primeira Aliança (Velho Testamento). O Novo Testamento em grego não é acoplado à Septuaginta, só existindo em  separado. Assim, quem quiser possuir a Bíblia completa, em grego, tem que possuir a Septuaginta e o Novo Testamento em grego. São Jerônimo fez exatamente isto, traduziu e uniu o Velho e o Novo Testamento  numa só obra, do grego para o latim, surgindo, dessa maneira, a conhecida Vulgata (a divulgada, vulgar, comum).

A TRADUÇÃO DE JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA.
João Ferreira de Almeida, que foi um Pastor protestante nascido em Torre de Tavares, Portugal. Aprendeu o hebraico e o grego, e assim usou os manuscritos dessas línguas como base de sua tradução, ao contrário de outros tradutores que fizeram suas traduções a partir da Vulgata Latina de São Jerônimo.
Almeida baseou-se no Textus Receptus feito por Erasmo, em 1516 (considerado um texto inferior), pois ele representa o Texto Bizantino, o mais fraco e mais recente entre os manuscritos gregos. Ressalto aos caros estudantes, que na época de Almeida não existia nenhum papiro, razão pela qual ele lançou mão de fontes inferiores.
Almeida só conseguiu a sua tradução e publicação completa da Bíblia no século XVIII. Apesar do texto inferior por ele usado, bem como dos muitos erros e das edições e correções – ARC (1858), ARA (1959), AF (1994), AR (2011), essa é a tradução que tem sido mais bem aceita pelos nossos irmãos protestantes de língua portuguesa.

AS DEMAIS TRADUÇÕES.
Caríssimos estudantes estimulo-vos a continuarem a pesquisa das demais traduções. Para isso, deixo algumas sugestões:

Ø  Os Comentários Judeus Antigos:
Ø  O Talmuld (Midrash e Gemara) (II – IV d.C.).
Ø  Os Targuns aramaicos (III a.C.).
Ø  A Mishiná (I-II d.C.) etc.

As Traduções Antigas e Modernas:
Ø  Inglesas: B. Wicliffe (1382); Genebra (1560); King James (1611).
Ø  Portuguesas: Ave Maria (1959); BLH (1973) etc.
Ø  Francesa – Bíblia de Jerusalém (1986).
Ø  Espanhola – Reina Valera (1569).
Ø  Latinas: Nova Vultaga (1979).
Ø  Siríaca – Peshita (II-IX d.C).

Obs. Não confundam Bíblia de Estudos com Traduções, pois são coisas diferentes.





[1] LXX- Septuaginta ou versão dos setenta, foi  a primeira tradução do Antigo Testamento para Grego Koinê.
[2]TNK ou TaNaKh é o acrônimo para o Antigo Testamento Judaico.
[3]Mestres judeus que participara do Concílio de Jamnia em 90 d.C.
[4] Códice quer dizer livro ou bloco de Madeira. É uma evolução do rolo de pergaminho

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